terça-feira, 23 de março de 2010

Mais uma tarde de muitos capítulos

A Luisa e eu conseguimos ler mais quatro capítulos do livro.  Ontem ela não teve aula de karate e por isso chegamos mais cedo em casa.  Depois de terminar todos os "afazeres" a gente sentou no pufe e leu mais um bocado.  Super bom!

Eu com certeza estou curtindo o livro muito mais do que ela, mas imagino que isso seja porque eu consigo fazer uma relação muito mais próxima com a história.  Brasília é minha.  Já tinha lido o livro antes e conheço bastante a história da cidade, mas mesmo assim há vários detalhes dos quais eu não me lembrava.  É muito gostoso redescobri-los. 

A Luísa está gostando do lado da aventura, das partes mais "emocionantes" do livro.  Ela adorou, por exemplo, a parte em que a Ana Miranda conta que o JK resolveu ir inspecionar o começo das obras e aterrissou num descampado onde só se chegava de jipe.  Mas é interessante observar como ela busca fazer relações com a história.  Já havíamos percebido uma foto onde o JK aparece em frente de uma cruz, deixada pela expedição Cruls no lugar que eles haviam decidido ser o "ideal" para a construção da nova capital, lá em 1892.  Mais adiante, no capítulo que fala sobre o projeto da cidade, o Lúcio Costa explica que "quando alguém chega a um lugar e quer tomar posse desse lugar faz uma cruz."  Com mais uns rabiscos, a cruz estilizada do Lúcio Costa virou um avião.  A Luísa olhou para fora da janela pensativa e disse:
- Não sei se é impressão minha, mas aquilo ali no prédio (ao lado de nossa casa) parece uma cruz. 

Era realmente o reflexo da luminária da rua que, por causa do revestimento de azulejos do prédio, tinha formado uma cruz.  Adorei a "livre associação" e a vontade de mostrar alguma coisa parecida/relacionada com o que estávamos lendo.  Mostra que ela estava prestando atenção - no mínimo. 

Acho que depois vou ler com ela Nas Ruas do Brás.  Como ela é paulistana, talvez curta ainda mais.

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