quinta-feira, 25 de março de 2010

Navegando em histórias

Ontem foi um dia cheio de momentos literários. Fomos devolver os livros na biblioteca ao mesmo tempo que a Tânia Piacentini, fundadora da Barca dos Livros, me ligava para convidar para uma saída da barca. Foi um convite inesperado, mas apesar do tempo chuvoso resolvemos aceitar.

Quando entramos na biblioteca a Luísa deu de cara com uma amiga da escola. Eu tinha planejado escolher uns livros gostosos para ler para a Lulu lá mesmo, mas quando ela encontrou com a amiga, tive que mudar meus planos. Fiquei só na vontade de ler prá ela, mas tudo bem. Foi muito gostoso observar, de longe, as duas compartilhando livros. Primeiro tentaram um da série da Pippi Meialonga, de Astrid Lindgren, porque é o livro que a professora está lendo para elas na sala de aula. Não canso de me impressionar com o poder que a leitura em sala de aula tem. Parece que professor é um deus e que qualquer coisa que mostra para os alunos, com entusiasmo, vira objeto sagrado. Eu já tinha lido a Pippi com a Luísa, mas é claro que agora esses livros assumiram outra dimensão.

Depois de trocar para um livro do Ônibus Mágico, da Joanna Cole, porque o livro da Pippi afinal ainda é um pouquinho difícil para leitura independente de uma criança de sete anos, chegou a hora de embarcar. O grupo de tripulantes até que era grande e foi formado às pressas para uma filmagem que um pessoal do Rio de Janeiro estava fazendo. A escola que seria filmada cancelou na última hora por causa da chuva. Foi assim que tivemos a oportunidade de desfrutar do passeio e da contação de histórias.

O espetáculo Frutacontos, do grupo Pé de Histórias, foi lindo! Parados no meio da Lagoa da Conceição, ouvimos a contação de obras fantásticas como O Joelho Juvenal, do Ziraldo, Maneco Caneco Chapéu de Funil do Luís Camargo e o Monstro Peludo, da Henriette Bichonnier. Como sempre, acho que eu desfrutei de tudo ainda mais que as crianças.

Ontem foi minha vez de ouvir. Em vez de ler para a Luísa, tive o prazer de virar a ouvinte. Fiquei pensando em como era gostoso só prestar atenção. Ao mesmo tempo, me deu vontade de procurar os outros livros do Luís Camargo, Panela de Arroz, Bule de Café, para conhecer. Senti na pele que essa empreitada de ler (ou contar histórias) para alguém vale mesmo a pena. Dá uma cosquinha, uma vontadinha de ler mais ainda. Tudo de bom.

P.S. Rolou mais uma historinha antes de dormir porque o Felipe tinha saído para jantar, mas sobre ela eu falo amanhã.

Sociedade Amantes da Leitura - Biblioteca Barca dos Livros
http://www.amantesdaleitura.org/novo/index.php

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